sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Ele tem medo

- Você é apenas um garoto, que tem medo, medo de viver, medo de sonhar. - Dizia Kumã, um velho ao balançar-se numa cadeira decrépita.
Esse garoto era acanhado, tinha medo de tudo, até mesmo de sua própria sombra. Por sua vez, seguia à caminhar desengonçado.
- Como não ter medo? - Dizia o garoto! - hoje vivemos numa sociedade deturbada, onde só há ladrões, desonestos, vigaristas, trapaceiros, incorretos, sujos, gatunos, tratantes, estelionatários, desleais e ímprobos.
O velho aproximou-se do garoto e disse: - O medo não é irresolúvel, temos que o facear, caso contrário, não haverá mudança. - Logo o jovem garoto acamou-se, diante de um lapso de reflexão.

Mente caótica

Acordo-me debruçado, ouve-se à longe sua angústia, estrada não se encontra, não há nada. Tudo que precisava, tudo que sentia, nada mais fazia sentindo. Sentia-se falta, lembranças veio à tona, dormia-se no acordar da dor, morte não existia lá, ela apareceu antes mesmo de existir. Nada importa, nada faz sentido, morte não quer me levar, lembranças não me deixa partir. Encontro-me sem saída, vejo-me saindo ao desconhecido, frente a estrada escura, será que morri? Não sinto nada, mais tudo posso sentir. Acho que chegou a hora. Nada importa!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Prolfaças

Anos se passam e a idade caminha rumo ao desconhecido, ela amadurece e cresce. Mas na falação os ouvidos se confundem, ordem e pedido torna-se divergência. Prolfaças  que se almeja amor, afeição que se almeja prolfaças. Ousadia, dominação e perplexidade, nada importa. Sinta-se especial, prolfaças almeja alegria, felicidade, gozo e sucesso.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Sonho e acordo sonhando

Sonhei que tinha morrido, estava no céu. Mas logo me veio a sonhar novamente, não consigo acordar, acordo e continuo sonhando, sonho com as lembranças, me refaço a sonhar. O céu é simplesmente o que sonhamos, o que queremos e o que seremos.

Saudades

Me sinto completamente destruído, tudo que me resta são lembranças do inevitável. Não consigo mais sentir ela ao meu lado, tudo que eu queria era viver aquele momento intenso novamente. Sinto que tudo acabou e já não posso fazer nada. Quando acordo a noite, me pego gritando e uma enorme dor no peito, um desespero na imensidão que caminha para o desconhecido, mas tento não me abalar e volto a dormir, pois apenas nos sonhos poderei encontra-la novamente.